“Eu estou tipo, uau” – Frank Mir revela pagamento surpreendentemente baixo na luta pelo título do UFC 100 contra Brock Lesnar
Frank Mir enfrentou Brock Lesnar pelo título dos pesos pesados na luta principal do UFC 100 em 2009. Este evento foi um marco para a promoção, pois se tornou o pay-per-view de maior bilheteria de sua história, com 1,6 milhão de compras. Manteve esse recorde por mais de sete anos até ser finalmente superado pelo UFC 202.
Apesar de ter obtido uma receita colossal de US$ 71 milhões com um preço pay-per-view de US$ 44,95, Mir expressou sua decepção com a remuneração surpreendentemente baixa que recebeu pela luta. Em entrevista com Damon Martin do MMA Fighting, o ex-campeão peso pesado revelou:
“Acho que quando finalmente percebi foi a [revanche] de Deontay Wilder com Tyson Fury. Ainda fizemos mais compras do que eles, eu e Brock, e então estou analisando o custo do pay-per-view. OK, o dinheiro estava lá. Para quem foi? Ver esses caras ganharem US$ 40 milhões juntos. Eu estou tipo, uau. Brock obviamente ganhou sete dígitos com isso, acho que ele ganhou US$ 2,5 milhões. Mas eu nem ganhei um milhão.”
Ele continuou dizendo:
“O próprio Brock, um superstar muito maior do que [Fury or Wilder]. Por que ele não estava ganhando US$ 20 milhões? Isso me surpreende e não entendo. Até Conor [McGregor] aparecer, tínhamos o recorde de maior número de compras vendidas em pay-per-view.”[h/t MMA Fighting]
Segundo relatos, a segunda luta entre Deontay Wilder e Tyson Fury acumulou entre 800 mil e 850 mil compras em pay-per-view, aproximadamente metade do que o UFC 100 alcançou. Com um preço de US$ 79,99 por visualização, o evento gerou cerca de US$ 64-68 milhões em receitas. Apesar de ganharem menos, os dois lutadores tiveram garantida uma bolsa de US$ 25 milhões, além de sua parte nos lucros do pay-per-view.
Controvérsia em torno do baixo pagamento para Brock Lesnar no UFC 100 Sparks Debate
Durante entrevista com Damon Martin do MMA Fighting, o ex-campeão peso pesado Frank Mir revelou que recebeu um salário base de apenas US$ 45 mil pela luta pelo título do UFC 100 contra Brock Lesnar.
“Na época, eu não sabia melhor. Nós não sabíamos. Agora mesmo, com o passar do tempo, estou olhando em volta, espere um segundo, isso não faz sentido. Uma compra pay-per-view é uma compra pay-per-view. Por que este esporte está pagando aos seus atletas essa porcentagem do que eles ganham em comparação com este? É a mesma maquiagem. Não se trata de dois esportes totalmente diferentes, boxe e MMA.”
Frank Mir continuou dizendo:
“Eles são muito comparáveis quando se trata de montar uma gaiola ou um anel, então não é como se os custos fossem diferentes. Então, qual é a diferença aqui? Ah, isso é porque vocês têm promotores concorrentes, e eles sabem o que está acontecendo, e vocês não podem ferrar uns com os outros.”[h/t MMA Fighting]
Apesar de reconhecer que os lutadores atuais ganham salários mais altos em comparação com quando competia, Frank Mir enfatizou que a remuneração dos lutadores continua sendo um tema controverso no UFC. Na verdade, a organização resolveu recentemente uma ação judicial de US$ 335 milhões movida por um grupo de lutadores de artes marciais mistas que alegou que o UFC usou injustamente sua posição dominante no mercado para manter os salários dos lutadores em um nível baixo.
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