Demência precoce: descobrindo os principais riscos e estratégias de prevenção

Demência precoce: descobrindo os principais riscos e estratégias de prevenção

Num avanço significativo no sentido da compreensão da demência de início precoce, o estudo mais recente da Universidade de Exeter e da Universidade de Maastricht, conforme relatado na JAMA Neurology, fornece informações críticas.

A extensa investigação, que analisa os comportamentos de mais de 350.000 indivíduos com menos de 65 anos no Reino Unido, revela 15 factores primários que contribuem para o desenvolvimento da demência numa idade precoce.

As descobertas são cruciais, pois revelam uma mistura de fatores genéticos imutáveis ​​e elementos de estilo de vida modificáveis. Oferece novas direções para prevenção e conscientização.

Explorando os fatores de risco da Demência

Quanto mais cedo você conseguir identificá-lo, melhor será para você lidar com isso (Imagem via Unsplash/Adrian Swancar)
Quanto mais cedo você conseguir identificá-lo, melhor será para você lidar com isso (Imagem via Unsplash/Adrian Swancar)

O isolamento social destaca-se como um grande risco, juntamente com níveis de educação formal e estatuto socioeconómico mais baixos.

A genética também desempenha um papel, nomeadamente a presença de duas cópias do gene APOE ligadas à doença de Alzheimer. Elementos do estilo de vida como o consumo excessivo de álcool e a abstinência total são destacados como riscos, acrescentando complexidade ao problema.

Outros fatores incluem deficiência de vitamina D, perda auditiva e níveis elevados de proteína C reativa, que indicam inflamação. A fragilidade física, indicada pela menor força de preensão manual, e a hipotensão ortostática, um tipo de pressão arterial baixa, também contribuem.

Condições crônicas como acidente vascular cerebral, diabetes e doenças cardíacas aumentam ainda mais o risco. A investigação salienta de forma importante que, embora alguns factores sejam imutáveis, outros estão sob o nosso controlo e sujeitos a modificações através de escolhas de estilo de vida.

Estratégias Preventivas de Estilo de Vida

Em resposta ao estudo, os especialistas em saúde sublinham a importância das modificações no estilo de vida. Arman Fesharaki-Zadeh, da Escola de Medicina de Yale, defende a atividade física regular, enfatizando seus extensos benefícios nas funções neurocognitivas e na melhoria do humor.

Quanto mais cedo você conseguir identificá-lo, melhor será para você lidar com isso (Imagem via Unsplash/Usman Yousaf)
Quanto mais cedo você conseguir identificá-lo, melhor será para você lidar com isso (Imagem via Unsplash/Usman Yousaf)

Além disso, ele enfatiza a importância de uma dieta nutritiva, particularmente uma dieta de base mediterrânea e rica em vegetais, azeite, peixe e frutas vermelhas, conhecidos por suas propriedades protetoras do cérebro.

O papel do envolvimento mental e social é igualmente crucial. Atividades que desafiam o cérebro, como aprender novas habilidades, participar de seminários educacionais e participar de interações sociais, contribuem significativamente para a saúde cognitiva.

Técnicas de controle do estresse, como atenção plena e ioga, são recomendadas para melhorar o humor. Dr. Fesharaki-Zadeh destaca que essas práticas, embora não sejam exaustivas, são fundamentais para manter a saúde cognitiva e reduzir potencialmente o risco de desenvolver demência de início precoce.

O estudo sublinha a importância de medidas proativas na mitigação do risco de demência de início precoce. Ao adotar estilos de vida mais saudáveis, com foco no bem-estar físico, mental e social, podemos influenciar alguns dos fatores de risco modificáveis, oferecendo uma abordagem proativa em esse desafiador domínio da saúde.

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